Você já ouviu de seus pais ou avós que, para ter sucesso na vida, você teria que estudar muito para conquistar um bom emprego, comprar sua casa, um carro e alcançar tranquilidade financeira?

Muitos de nós recebemos conselhos recomendando que estudássemos e trabalhássemos muito, com a expectativa de que essa seria a chave para garantir um bom emprego, adquirir uma casa, um carro e, finalmente, alcançar estabilidade financeira. Este tem sido o roteiro tradicional para alcançar o tão almejado sucesso financeiro.

Entretanto, mesmo seguindo esses conselhos, percebemos que, por mais que nos esforcemos, parece que as contas só aumentam, enquanto o salário… Bem, deixa a desejar.

Essa percepção não é fruto da imaginação, é um reflexo da realidade. Estudos recentes têm comprovado que as gerações mais jovens estão empobrecendo em comparação com seus pais e avós quando tinham a mesma idade, e a inflação desempenha um papel fundamental nesse cenário, afetando negativamente o poder de compra.

Isso nos leva a uma constatação: em um mundo em rápida transformação, apenas estudar e trabalhar duro pode não ser mais suficiente para prosperar. A questão central é muito mais profunda e complexa do que a maioria imagina.

Então, qual é a verdadeira raiz do problema e, mais importante, o que pode ser feito para quebrar essa tendência?

Ao longo deste artigo, vamos entender como a inflação afeta seu poder de compra, desvendando todos os desafios que afetam a riqueza e a prosperidade das novas gerações.

Os jovens estão empobrecendo

Diversos estudos recentes mostram que as duas últimas gerações que ingressaram no mercado de trabalho, os Millennials e a Geração Z, são muito mais pobres do que seus antecessores quando tinham a mesma idade.

A maioria dos dados sobre a distribuição de riqueza entre gerações é proveniente dos Estados Unidos, mas aqui no Brasil, a distribuição de riqueza que apresentaremos é bastante semelhante.

Atualmente, os Baby Boomers são a geração que detém a maior parte da riqueza em comparação com as outras gerações:

  • Baby Boomers 53%
  • enquanto a Geração X possui 28% 
  • e os Millennials acumulam apenas 5.8%.

Os Millennials são a geração mais instruída, já ultrapassaram os Boomers em número de pessoas no mundo e também são muito mais bilíngues do que os Boomers. No entanto, também são a geração mais pobre, endividada e propensa à depressão quando comparados a outras gerações em fases similares da vida.

Evolução da riqueza entre gerações, ao longo dos anos

Não é de se espantar que os Millennials tenham seguido à risca tudo o que lhes foi dito para alcançar o “sucesso” na vida. Muitos deles se endividaram com empréstimos estudantis, mas ainda assim não conseguem alcançar o mesmo nível de realização financeira que seus pais e avós tinham na mesma idade.

É o que mostra a reportagem abaixo. Os Millenials estão chegando na crise dos 40 enfiando o pé na jaca!

Noticia do exame em que os Millenials chegam à meia idade mais pobres e infelizes que seus pais

Especialmente quando percebem que, aos mesmos 40 anos, seus pais já tinham uma casa, um carro e planejavam férias todos os anos.

Agora, nessa mesma idade, muitos estão vivendo em apartamentos alugados, sobrecarregados com contas a pagar, trabalhando em empregos de nível inferior e ainda pagando empréstimos estudantis, sem perspectiva de encontrar empregos em suas áreas de estudo.

Isso tudo tem um principal motivo: a destruição do dinheiro.

A inflação, a perda do poder de compra e a destruição do dinheiro

O poder de compra foi destruído através dos anos e quem mais sente isso são as gerações mais novas.

Veja abaixo, o dólar perdeu 97% do poder de compra ao longo dos anos.

Desvalorização do dólar ao longo dos anos

Além disso, o poder de compra do real já perdeu 85% do seu valor em 27 anos.

Perda do poder de compra do real ao longo dos seus 27 anos de existência

Infelizmente, os salários não foram ajustados de acordo com a inflação real, e é por isso que cada geração é mais pobre do que a anterior. O poder de compra fica defasado, e tudo fica cada vez mais caro.

Em 1960, nos EUA, o salário mínimo era de 1 dólar por hora, e uma pessoa ganhava cerca de US$ 11.000 por ano. Dois jovens poderiam se casar, começar a trabalhar e conseguir pagar o financiamento de uma casa em cinco anos.

Hoje, as casas custam vinte vezes mais do que na década de 60. O jovem de hoje passa trinta anos pagando o financiamento para que as parcelas caibam no bolso e acaba pagando por três casas devido ao acumulado de juros.

Isso ocorre porque os Boomers conseguiram acumular muito mais riqueza em uma época em que a inflação ainda não havia distorcido tanto os preços dos imóveis.

A imagem abaixo mostra como os preços das casas subiram muito mais rapidamente do que a média dos salários desde 1970. Isso significa que os salários não acompanharam o aumento nos preços dos imóveis, tornando a compra de uma casa própria muito mais difícil, sendo mais um exemplo da perda de poder de compra ao longo dos anos

Crescimento do valor de imóveis nos EUA

Hoje, você precisa se endividar muito mais para manter o mesmo padrão de vida que seus pais tinham na sua idade.

Os Millennials têm 41% menos riqueza do que um adulto com idade semelhante em 1989, porque as gerações mais jovens não conseguem acumular riqueza; a maior parte do salário vai para custos básicos, como aluguel, comida, saúde e transporte.

O maior exemplo disso é que, em 1985, eram necessárias 30 semanas de trabalho para atingir os US$ 13.227 em despesas necessárias para manter uma família de quatro pessoas por um ano.

Em 2018, essas despesas médias aumentaram para US$ 54.441, o que exigiria 53 semanas de trabalho para atingir esse valor. No entanto, o ano tem apenas 52 semanas! É a clássica situação de “falta dinheiro no final do mês“.

A imagem abaixo mostra dados do Brasil atualizados até 2011 pelo Dieese e ilustra a diminuição do poder de compra do salário mínimo desde 1940, levando em consideração as variações nas moedas ao longo desse período.

Gráfico que mostra a desvalorização do salário minímo no Brasil, ao longo dos anos.

Observe como o poder de compra do salário mínimo diminuiu ao longo do tempo. No passado, em 1940, o poder de compra do salário mínimo era muito maior. Isso mostra como o poder de compra das novas gerações foi reduzido ao longo do tempo.

Esse efeito também se reflete na alimentação das novas gerações. Essa mesma pesquisa revela que em 1959, se todo o salário mínimo fosse usado para comprar carne, daria cerca de 85 kg. No entanto, em 1995, o salário mínimo só conseguiria comprar 21 kg.

O mais triste é que os Millennials tentaram, mas tentaram muito! São a geração mais bem instruída, endividaram-se fazendo empréstimos estudantis para ter uma vida melhor.

Hoje, quase 40% dos americanos com mais de 25 anos têm ensino superior, enquanto apenas cerca de 25% dos Baby Boomers se formaram na faculdade.

Isso parece ótimo – mais pessoas educadas e produzindo mais. No entanto, o problema é que, quanto mais pessoas recebem diplomas universitários, menos valioso cada diploma se torna.

É uma questão de oferta e demanda.

Quando a oferta excede a procura por algo, o preço desse algo cai. Por isso, embora a Geração Y e a Geração Z sejam muito mais instruídas do que seus pais, a percentagem de jovens adultos entre os 18 e os 24 anos que estão empregados está no seu nível mais baixo desde que os governos começaram a coletar dados em 1948.

Gráfico que mostra a evolução da taxa de desemprego

É por isso que hoje em dia, depois que você se forma na faculdade, descobre que empregos exigem dois doutorados, três anos de experiência de trabalho, saber mexer em mil ferramentas diferentes, ter inglês fluente e várias outras exigências absurdas.

De acordo com o Washington Post, os Millennials são considerados os mais “azarados” da história, mas a falta de sorte, na realidade, reflete:

  1. o baixo crescimento econômico de sua época;
  2. a destruição do poder de compra; 
  3. e o excesso de estímulo ao endividamento pessoal.

Como quebrar essa tendência?

Este é o retrato das gerações mais jovens ao redor do mundo e tende a piorar, pois os governos estão se endividando cada vez mais, imprimindo cada vez mais dinheiro, e as gerações seguintes terão ainda mais dificuldades.

Millennials e as gerações posteriores precisarão compreender os efeitos da expansão monetária, como ela distorce a realidade, e aprender a evitar os efeitos inflacionários do buraco negro do dinheiro fiat.

É por isso que não adianta trabalhar mais e estudar mais se tudo fica mais caro em uma velocidade muito maior do que o seu salário e esforço conseguem acompanhar. É preciso sair do sistema e fazer com que o seu poder de compra aumente muito mais rapidamente.

Bitcoin

O ativo que aumenta o poder de compra muito mais rápido é o Bitcoin. Ele tem ganhado de todos os ativos fiat e cripto ao longo dos anos. É o cavalo mais rápido e mais resistente durante os momentos de crise e é a saída do buraco negro do dinheiro fiat.

O Bitcoin tem sido o melhor ativo da última década, dos últimos 5 anos e de 2023 em comparação com o ouro e os principais índices de ações.

Apesar da volatilidade, o Bitcoin tem protegido o poder de compra de qualquer pessoa que o compre e o guarde por pelo menos 5 anos.

Gráfico que mostra a valorização do Bitcoin, em relação ao Ouro

A boa notícia é que os Millennials são os que mais estão utilizando o Bitcoin.

Como o Bitcoin não pode ser diluído como as moedas fiats, ele está sendo a arma secreta dos Millennials para lutar contra a diluição geracional provocada pelos Bancos Centrais.

Um estudo conduzido pelo DeVere Group mostrou que 67% dos Millenials preferem o Bitcoin ao ouro e que “Millenials veem bitcoin como Boomers veem o ouro”. No estudo da Tokenist, 53% dos Millenials também preferiram receber mil dólares em Bitcoin do que em títulos de governos e ainda disseram que confiam muito mais no Bitcoin do que nos bancos.

Conclusão

O Bitcoin, com seu poder de compra crescente, foi criado em 2009 e desde então se valorizou mais de 3 bilhões por cento. A cada ciclo que passa, quem deixou para depois se arrependeu de não ter começado antes.

Se você ainda não sabe como sair da roda dos ratos das gerações perdidas e deseja aprender tudo sobre o Bitcoin, como comprá-lo e guardá-lo com segurança, no Bitcoin Starter, você aprende isso e muito mais, do básico ao avançado.

Em um futuro não muito distante, o Bitcoin não será apenas algo das novas gerações, mas de todas elas.

Espero que este texto tenha esclarecido como a inflação afeta o poder de compra das pessoas e tenha te proporcionado insights para melhorar sua vida e proteger o seu pratimônio.

Não esqueça de compartilhar este artigo com amigos que também se sentem presos na roda dos ratos!

Até o próximo artigo e opt out.

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Kaká Furlan

Kaká é publicitária, apaixonada por tecnologia e mão na massa full time. Já participou das principais conferências de bitcoin como Adopting, Surfin Bitcoin e Bitcoin Conference.

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