Pois é, toda semana é o mesmo FUD. Mais uma vez o sistema fiat – através de uma grande mídia – resolveu abrir fogo contra o bitcoin atacando novamente o gasto de energia e emissão de CO2 da mineração.

Matéria do NY Times atacando o Bitcoin

Em um recente artigo publicado pelo NY Times, os dados sobre a mineração de bitcoin foram exagerados propositalmente, além de escolherem os dados negativos para publicar na matéria. O NY Times focou em duas facilities para coletar os dados, Cleanspark e Terawulf, ambas que usam mais combustíveis fósseis no seu grid do que outras facilities que possuem 90% do grid composto por fontes renováveis.

O artigo descreve também sobre uma nevasca que aconteceu no Texas e os mineradores locais desligaram as máquinas para priorizar energia para o aquecimento das casas. Eles tratam esse evento como um tipo de manipulação de mercado.

Ao longo de toda a matéria o NY Times fala que bitcoin gasta muita energia, mas não comparam com outros setores e nem mostram como o bitcoin estimula e estabiliza o grid de fontes renováveis.

Os escritores desse artigo selecionaram apenas os dados que reforçam a narrativa que o jornal quer seguir: anti bitcoin.

Lembrando que esse é o mesmo NY Times que convidou Sam Bankman-Fried, CEO da FTX, para falar na sua conferência logo depois que ele roubou o dinheiro dos investidores. A falta de ética não tem limites pra essa galera.

Pessoas convidadas para o DealBook Summit 2022 em Nova Iorque

E é também o mesmo jornal que há exatos 10 anos, quando bitcoin estava no preço de 100 dólares, publicou uma matéria com o título “o significado econômico do bitcoin é basicamente nulo”:

Aliás, Paul Krugman, o autor da matéria, é aquele economista que ganhou o Nobel de Economia e falou em 1998 que “o impacto da internet sobre a economia não tem sido maior do que o impacto das máquinas de fax”. Aham, tá serto! Veja como o NY Times tem dado voz para quem está do lado oposto da evolução tecnológica.

Paul Krugman falando sobre o impacto da Internet

“A ciência é conclusiva”

Mas voltando a matéria sobre mineração, a Riot Platforms, uma das maiores mineradoras do mercado, resolveu responder ao tendencioso NY Times com um vídeo irônico. Nele Pierre Rochard, chefe de pesquisa da empresa e nome super conhecido entre bitcoiners, caminha por uma instalação de mineração com um medidor de CO2 e afirma:

“A ciência é conclusiva. Os dados mostram que a mineração de Bitcoin não emite nenhum CO2.”

Os bitcoiners já estão cansados de desmanchar esse FUD do gasto energético com dados e argumentos, mas se ainda assim a mídia fiat não tá interessada em disseminar a informação correta, usar do humor parece uma boa resposta.

Outro que se manifestou foi o Daniel Batten que é ativista climático, investidor ClimateTech e analista Bitcoin ESG:

“A razão pela qual eles têm números diferentes é que eles aplicaram ao Bitcoin um tipo de contabilidade de carbono não usado por nenhuma outra indústria.”

Aqui está um relatório interessante onde ele mostra como bitcoin tem tido redução negativa de CO2.

#StopThePresses

Eis que surge um movimento. Quanto CO2 será que o NY Times emite com a impressão diária do seu jornal? Segundo o #stopthepresses (no sentido de pare de imprimir jornal):

“o New York Times mata aproximadamente 59 MILHÕES de árvores por ano, apenas para transformá-las em um jornal que a maioria das pessoas joga fora, criando BILHÕES de quilos de CO2 a cada ano. Eles imprimem propaganda no papel que criam com árvores mortas, mas vivemos na era DIGITAL. Essa prática esbanjadora deve ser interrompida.”

stop the presses

Escolha bem onde você consome informação

Quantas vezes a mídia fiat já disse que o bitcoin ia morrer, que não valia nada, que não é moeda, que agride o meio ambiente, que outros projetos são melhores… Com o tempo todas essas narrativas distorcidas se provaram besteira.

Estar por dentro das notícias e ter informação é muito importante, ainda mais em um mercado tão dinâmico e global como esse, mas saiba interpretar o que é dito, busque compreender a intenção por trás das palavras, porque muitas vezes querem induzir o seu pensamento para um lado enviesado da história, com dados irreais ou parciais.

Inclusive foi por esse motivo que criamos a Anti Research, braço de pesquisa da Area Bitcoin. Na Anti Research nossos pesquisadores publicam artigos com informações preciosas sobre mineração, lightning network, on chain, macroeconomia e investigações sobre projetos cripto, tudo direto no seu email para que você se abasteça de dados e fique extremamente atualizado sobre o bitcoin e o mercado.

Uma boa semana pra nós!

Abraços,
Kaká Furlan

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Kaká Furlan

Kaká é publicitária, apaixonada por tecnologia e mão na massa full time. Já participou das principais conferências de bitcoin como Adopting, Surfin Bitcoin e Bitcoin Conference.

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