Se você já tem experiência com investimentos no mercado convencional e tem curiosidade em relação ao Bitcoin, é possível que você esteja se perguntando: como o Bitcoin se compara às ações?

Ambos pertencem ao universo dos investimentos, porém, são completamente diferentes e distintos.

Neste artigo, vamos entender todas as diferenças entre Bitcoin e ações e ainda analisaremos a performance e o desempenho de cada um nos últimos anos.

Seria melhor investir em ações ou Bitcoin? Vamos descobrir!

O que são ações?

Ações são pedaços de empresas. Portanto, quando você compra ações, você se torna um acionista da empresa e quanto mais você tiver, mais poder você terá em frente aos outros acionistas.

Elas podem se comportar de duas maneiras:

  • se valorizando ao longo do tempo, que são as ações de crescimento, 
  • gerando dividendos, denominadas ações de valor.

A geração de dividendos significa que as empresas distribuem parte dos lucros obtidos em determinado período entre seus sócios-acionistas.

Por exemplo, se você adquire ações de uma empresa que distribui dividendos, como a Berkshire Hathaway de Warren Buffet, você tem direito a uma parcela dos lucros destinada aos acionistas. O valor que você receberá depende diretamente da quantidade de ações que possui e do montante que a empresa decide pagar em dividendos por cada ação.

Além disso, elas são listadas em bolsas de valores. Mas, o que é isso?

O que é bolsa de valores?

Uma bolsa de valores é um mercado organizado onde ações de empresas (e outros instrumentos financeiros) são negociadas. Quando uma empresa decide “abrir capital” e vender ações para o público, ela realiza uma Oferta Pública Inicial (IPO, na sigla em inglês) e escolhe uma bolsa específica para listar suas ações.

Em diferentes países, há diferentes bolsas de valores onde as ações são listadas.

Aqui estão algumas das bolsas de valores mais reconhecidas globalmente:

1. Estados Unidos

  • NYSE (New York Stock Exchange): Uma das maiores e mais antigas bolsas do mundo.
  • NASDAQ: Conhecida por listar muitas empresas de tecnologia, incluindo gigantes como Apple, Microsoft e Amazon.

2. Brasil

  • B3 (Brasil, Bolsa, Balcão): A B3 surgiu da fusão de diversas instituições do segmento financeiro ao longo dos anos, sendo as mais recentes a BM&FBOVESPA e a CETIP.

3. Reino Unido

  • LSE (London Stock Exchange): Uma das maiores bolsas de valores do mundo, localizada em Londres.

4. Japão

  • TSE (Tokyo Stock Exchange): A principal bolsa de valores do Japão.

5. China

  • SSE (Shanghai Stock Exchange) e SZSE (Shenzhen Stock Exchange): As duas principais bolsas na China.

6. Canadá

  • TSX (Toronto Stock Exchange): A principal bolsa do Canadá.

7. Europa

  • Euronext: Uma bolsa pan-europeia que abrange vários países, incluindo França, Holanda, Portugal e Bélgica.

Essas são apenas algumas das principais bolsas de valores ao redor do mundo. Muitos outros países também possuem suas próprias bolsas de valores nacionais, onde empresas locais podem optar por listar suas ações.

Como funciona uma bolsa de valores?

Uma bolsa de valores funciona como uma grande entidade centralizada responsável pelo registro, depósito e liquidação de ativos e valores mobiliários.

No Brasil, quando você compra uma ação, a custódia é feita pela B3, que é a bolsa de valores e a principal infraestrutura de mercado financeiro do país. No entanto, é importante ressaltar que você não compra as ações diretamente da B3, mas sim por meio de uma outra empresa intermediadora: uma corretora de valores.

Ao abrir uma conta em uma corretora e decidir comprar ações, a corretora realiza a ordem de compra em seu nome. Após a conclusão da transação, a ação é registrada e depositada em seu nome na B3. Portanto, é a corretora que fornece a interface para que você possa verificar seu saldo, vender ações e realizar outras operações.

A B3 mantém um registro eletrônico das ações, eliminando a necessidade de certificados físicos de propriedade, como era comum no passado. Assim, elas são registradas e armazenadas eletronicamente no sistema da B3, o que significa que você não pode retirá-las da corretora e mantê-las sob sua custódia.

Apesar desse sistema funcionar bem, o fato de existirem dois intermediários entre as ações e o investidor faz com que o processo se torne bastante burocrático. É comum, por exemplo, após uma venda de ações, o investidor ter que esperar dois dias ou até mesmo um mês para receber o valor na sua conta.

Além disso, as bolsas de valores têm horários fixos, operando durante o horário comercial e seguindo o calendário de abertura dos mercados de cada país. Logo, se eventos significativos ocorrem no fim de semana, os investidores precisam aguardar até a segunda-feira (ou o próximo dia útil) para realizar movimentações em seus investimentos.

Agora que já esclarecemos sobre o que são ações, bolsas de valores e como elas são reguladas e centralizadas, vamos entender como o Bitcoin é diferente desse mecanismo.

Como Bitcoin é diferente das ações?

As diferenças começam no fato de que Bitcoin não é uma empresa, mas sim uma rede computacional descentralizada.

Bitcoin não tem um dono, um CEO, não tem um responsável pela rede, nem mesmo uma B3 gerenciando e centralizando os sistemas de negociação como acontece no mercado tradicional. 

Bitcoin não precisa de tudo isso porque é uma rede que se auto-regula, se auto-fiscaliza, obedece protocolos de computação e códigos matemáticos que só vão funcionar se as regras forem seguidas. 

Além disso, há várias outras diferenças entre Bitcoin e ações, bem como:

Origem e definição

Bitcoin é uma moeda digital, um dinheiro criado a partir da junção de diversas tecnologias, como criptografia e blockchain. Ele não é emitido ou controlado por nenhum governo ou entidade central, tendo como característica e trunfo a descentralização.

Por outro lado, como vimos anteriormente, as ações são certificados que representam propriedade em uma empresa. Ao adquirir ações de uma empresa, você se torna um acionista e detém uma parte da empresa, proporcional ao número de ações que possui.

Finalidade

O Bitcoin foi projetado principalmente como uma moeda alternativa para ser usada em transações entre pessoas sem a necessidade de intermediários, como bancos e governos.

Além disso, ele também é considerado uma nova reserva de valor em ascensão ou o “ouro digital“. Assim, quando os investidores compram Bitcoin, o objetivo geralmente é ganhar dinheiro com a valorização da moeda ao longo do tempo.

Em relação às ações, a finalidade de adquiri-las geralmente é ganhar dinheiro com o crescimento da empresa ou com dividendos pagos aos acionistas.

Emissão e Regulação

O Bitcoin é descentralizado e não é emitido ou regulado por qualquer Banco Central ou governo.

A quantidade total de Bitcoin é limitada a 21 milhões de moedas, e toda sua política monetária está programada em seu código. Novos bitcoins são criados através de um processo chamado mineração, que utiliza poder computacional para emitir novas moedas.

Já as ações são emitidas por empresas, geralmente durante rodadas de financiamento, como ofertas públicas iniciais (IPOs).

A emissão e negociação de ações são regulamentadas por órgãos governamentais, como a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) no Brasil.

Volatilidade

O Bitcoin tende a ser muito mais volátil do que o mercado de ações. Como não há um Banco Central para regular o mercado nem dispositivos como circuit breakers para interromper a negociação em caso de quedas acentuadas, não é possível travar o preço, caso ele caia demais.

Mas, a volatilidade do Bitcoin é algo ruim? Não! Essa volatilidade é resultado da lei da oferta e demanda, em seu estado mais puro.

Assim como quedas abruptas podem ser assustadoras para quem não está familiarizado com o Bitcoin, elas também podem representar oportunidades de entrada para investidores.

No mercado de ações, a volatilidade existe, mas as flutuações de preços geralmente não são tão intensas quanto no Bitcoin em um curto período de tempo.

Horário de negociação

O Bitcoin pode ser negociado 24h por dia, 7 dias por semana, sem interrupções, entre pessoas ou em exchanges ao redor do mundo.

As ações são negociadas em horários específicos nas bolsas de valores, que operam em horários de negociação predefinidos e fecham em feriados e fins de semana.

Além disso, elas estão sujeitas a limitações geográficas, sendo que ações listadas na B3 só podem ser negociadas em corretoras brasileiras autorizadas. Portanto, não é possivel comprar ações de empresas brasileiras em qualquer corretora mundo afora.

Custódia

O Bitcoin é armazenado em carteiras digitais, que podem ser online, offline, de hardware ou até mesmo em papel.

Os usuários têm a liberdade de escolher o tipo de carteira que desejam usar e podem ser seus próprios custodiantes das moedas, tornando-se seus próprios “bancos”.

Em relação às ações, não há essa opção, a custódia dos investidores é realizada pela bolsa de valores onde elas estão listadas.

Bitcoin gera dividendos?

Por fim, uma diferença crucial e que torna o Bitcoin alvo dos investidores-haters da velha guarda do mercado tradicional, é em relação a geração de dividendos.

De forma direta: Não, Bitcoin não gera dividendos. Como comentamos anteriormente, Bitcoin não é uma empresa, mas uma moeda digital que é produzida por uma rede de computadores distribuída ao redor do mundo. 

Por suas características como escassez, programabilidade, transparência e descentralização, o Bitcoin vem se valorizando muito ao longo do tempo, fazendo com que cada unidade de Bitcoin vá ficando cada vez mais cara com o passar do anos.

Em resumo, comprar Bitcoin é semelhante à compra de moedas tradicionais, como o dólar ou euro, mas você está adquirindo uma moeda de uma rede, não de um país específico, e sua emissão é regulada por códigos matemáticos, não por governos. Assim, não é possível te uma emissão descontrolada no Bitcoin, como acontece nas moedas de governos. 

O fato é que moedas não geram dividendos. É como o ouro ou a prata, que se valorizam ou não com base na percepção do mercado.

Você já deve ter notado, com tudo que falamos até aqui, que comprar Bitcoin é algo bem diferente do que comprar uma ação de uma empresa. Ao comprar Bitcoin, você está adquirindo um pedacinho de uma rede bilionária, que está crescendo exponencialmente, e que não pode ser parada por ninguém.

Investir em bitcoin é mais arriscado que investir em ações?

Ainda hoje, muitas pessoas tem medo da volatilidade do Bitcoin e do fato de não existir uma entidade central, ou dono, por trás de sua criação. Entretanto, é importante também analisar os riscos de investir em ações:

  1. Ações podem ser subdivididas.
  2. A equipe gestora pode mudar.
  3. As regras da empresa podem ser alteradas.
  4. Elas são afetadas por políticas públicas.
  5. Elas são afetadas por eventos setoriais.
  6. As ações são centralizadas.
  7. Nem todas as informações estão disponíveis ao público.
  8. As ações são totalmente mutáveis.

Essas características estão associadas a entidades centralizadas e podem gerar muito riscos para os investidores que mantêm ações a longo prazo.

Isso fica evidenciado em casos como o das Lojas Americanas, que esconderam um rombo de 40 bilhões de reais por anos e somente tornaram isso público quando o CEO resolveu botar a boca no trombone.

O escândalo veio à tona no início de 2023, após Sergio Rial, ex-CEO do Santander e recém-contratado para liderar a Americanas, revelar e denunciar as irregularidades contábeis. Rial ficou apenas nove dias no cargo, alegando que desistiu de liderar a empresa ao descobrir as irregularidades nos balanços.

Notícia no G1 sobre o rombo de 40 bilhões da Lojas Americanas

Esse exemplo mostra como a centralização e a falta de transparência podem representar um risco para quem possui ações de empresas que, na vitrine são lindas e cheias de auditorias, mas podem ser podres nos backstages, cheias de dívidas ocultas, que só os insiders sabem.

Quando a notícia sobre as Lojas Americanas se tornou pública, as ações da empresa caíram 80% em apenas um dia. Isso ilustra que elas também são bastante voláteis, e o risco muitas vezes está ligado à centralização de poder e informação.

Além disso, o risco de comprar ações deveria compensar com uma valorização boa ou no mínimo proteger da inflação, mas não é o que vem acontecendo com as ações brasileiras.

Onde vale mais a pena investir: Bitcoin ou Ações?

Antes de apresentar os dados, é importante frisar que este artigo não tem o objetivo de fazer indicações de investimentos, mas sim de ser um conteúdo educativo que o ajude a esclarecer as diferenças entre Bitcoin e ações e a tomar melhores decisões em seus investimentos

A falácia da máxima histórica do Ibovespa

Pra começar a entender onde vale mais a pena investir, se em Bitcoin ou em ações, vamos primeiro analisar o Ibovespa nos últimos anos. Apesar de o Ibovespa ter batido máximas históricas e a gente ver uma subida crescente em valores nominais, essa subida é totalmente falsa. Ela não acompanhou os índices de inflação.

Como podemos ver na imagem abaixo, nos últimos 5 anos, o Ibovespa, o principal índice que agrupa as principais ações brasileiras, apresentou um desempenho negativo quando descontada a inflação oficial, no acumulado desde 2017.

Resultado Ibovespa, descontado da inflação

No entanto, sabemos que os índices de inflação muitas vezes não refletem a verdadeira inflação. Esses índices podem ser manipulados, e os itens que mais aumentam de preço são frequentemente excluídos do indicador.

É por isso que, para medir a capacidade de acompanhar a perda de poder de compra, o ideal é comparar com o M2, ou seja, com a base monetária.

Isso ocorre porque, se um Banco Central começa a imprimir muito dinheiro, isso causará inflação monetária e um aumento generalizado dos preços de produtos e serviços.

Assim, ao analisarmos o M2 brasileiro, representado na imagem abaixo, observamos uma subida parabólica nos últimos anos. O BACEN (Banco Central do Brasil) aumentou em mais de 50% a base monetária brasileira nos últimos anos.

Aumento da base monetária ao longo dos anos pelo BACEN

Se descontarmos essa inflação monetária do Ibovespa, veremos que quem compra ações fica muito mais exposto à perda do poder de compra causada pelas impressoras dos Bancos Centrais. Comprar ações não protegeu nada; ficou 61% negativo ao descontar o quanto o dinheiro foi diluído!

Resultado da compra de ações do Ibovespa, ao longo do anos

Isso significa que a bolsa brasileira não acompanhou a diluição do poder de compra do real e, por mais que haja valorização nominal, na prática, aqueles que tinham ações de empresas acabaram sendo diluídos pelas impressoras do Banco Central.

Inclusive, se considerarmos ações de vários setores, veremos basicamente a mesma situação. As ações brasileiras estão totalmente expostas às políticas econômicas brasileiras, correlacionadas com a moeda brasileira e com o sistema financeiro e tributário brasileiro.

E se medir o Ibovespa em dólar?

Se compararmos com uma moeda mais forte do que o real, por exemplo, medindo o Ibovespa em dólares, também veremos que as ações brasileiras perderam poder de compra em relação a moedas mais fortes.

A bolsa brasileira está 32% NEGATIVA se precificada em dólar nos últimos 10 anos.

Resultado Ibovespa, em relação ao Dolar

Isso significa que, nominalmente, ela pode ter se valorizado, mas, quando a medimos em uma moeda mais forte que a nossa, as ações brasileiras perderam valor junto com a desvalorização de nossa moeda.

O real perdeu muito valor em relação ao dólar nesses 10 anos; ou seja, o dólar triplicou de valor para nós brasileiros.

Você pode até estar com um saldo positivo em suas ações se sua carteira for precificada em reais, mas em moedas mais fortes, você provavelmente estará perdendo poder de compra. Tudo o que é precificado em uma moeda fraca tende a desvalorizar junto com ela, tanto em valorização quanto em dividendos recebidos.

O gráfico abaixo mostra como as melhores ações pagadoras de dividendos também não acompanharam a inflação desde 2017 na hora de redistribuir lucros.

Gráfico que mostra a relação de empresas pagadoras de dividendos com a inflação, desde 2017

Quando analisamos o IDIV, um índice de retorno total que reflete as variações nos preços e o impacto da distribuição de proventos pelas principais pagadoras de dividendos e desconta a inflação medida pelo IPCA, não pelo M2, também está 24% negativo.

Se descontarmos o M2, a base monetária, o índice nunca superou a inflação desde 2012, data em que a imagem abaixo foi retirada do Trading View.

Gráfico de resultados de empresas, comparado à inflação, desde 2012

Ou seja: é a pura roda dos ratos vista a olho nu!

Você pode tentar se proteger comprando ativos financeiros, mas a impressão de dinheiro é uma armadilha que te arrasta para a zona negativa de novo!

A realidade é que as ações não compensam a inflação real e a diluição do poder de compra, nem em valorização nem em proventos.

No fim das contas, são mais arriscadas do que investir em bitcoin, porque o risco está justamente na centralização e na certeza de que o Banco Central continuará imprimindo dinheiro, manipulando taxas de juros, índices de inflação e tudo o que estiver ao alcance da canetada.

É por tudo isso que ações são muito inferiores ao Bitcoin.

Veja na imagem abaixo, nos últimos 10 anos, o Bitcoin, a linha em laranja, valorizou mais de 400.000%, contra 96% da bolsa brasileira, representada pela linha verde.

Gráfico comparativo do Bitcoin, com empresas Brasileiras

Mas você pode estar pensando, “ah, mas em 10 anos não vale”!

OK, vamos analisar desde o crash da Covid em 2020. Desde então, o Bitcoin também superou as ações brasileiras, com 158% de valorização no Bitcoin em laranja, contra 13% da bolsa brasileira em verde.

Isso não se restringe apenas ao Brasil. Mesmo com o dólar sendo uma moeda mais forte que o real, as ações americanas também não superaram o Bitcoin.

Gráfico comparativo da valorização do Bitcoin e Ações, desde 2022

Este gráfico da Fidelity mostra como o Bitcoin, em laranja, teve um desempenho melhor do que empresas de diversos setores da economia americana desde 2020, durante um período de grande crise econômica.

Mesmo com a grande queda do bear market deste ciclo em 2023, o Bitcoin manteve um bom desempenho nos últimos 2 anos quando comparado com outros ativos e até mesmo com as melhores ações globais.

Gráfico comparativo da valorização do Bitcoin com S&P 500, Bonds, e mais

Perceba que as ações brasileiras não ganham do Bitcoin nem no médio e nem no longo prazo, nem em real e nem em dólar!

É por isso que os defensores das ações brasileiras torcem pela morte do Bitcoin, dizendo que ele não tem lastro, que não vale nada, que não tem fluxo de caixa, tudo para encobrir um entendimento equivocado sobre o assunto.

Ações brasileiras precificadas em Bitcoin

Agora vamos ver todos esse gráficos que trouxemos aqui, de ações, precificadas em Bitcoin. Anteriormente comparamos com a inflação e com o preço em dólar. Agora vamos analisar se essas mesmas ações estão mantendo valor em relação ao Bitcoin.

Ibovespa -99% em 10 anos

Gráfico da Ibovespa precificada em Bitcoin

Ibovespa -60% desde março de 2020, desde o crash do covid

Gráfico, desde 2020, da Ibovespa, precificada em Bitcoin

Bitcoin se recuperou muito mais rápido e ainda preservou poder de compra muito melhor que o índice brasileiro de ações.

Bom, mas esse é um grupo específico de ações. Então vamos comparar com as melhores ações brasileiras nas última décadas: as queridinhas Magazine Luiza e WEG.

Magalu

Magazine Luiza -99% em 10 anos e -90% desde o crash do covid! A empresa que mais valorizou no Brasil vira nada quando comparada com Bitcoin em apenas 3 anos!

Gráfico comparativo entre Magalu e Bitcoin

WEG

A WEG não ficou tão na lama, mas ainda assim ficou -25% em relação ao Bitcoin desde março de 2020, desde o crash do Covid:

Comparação de resultados entre WEG e Bitcoin, desde 2020

As melhores empresas brasileiras não tiveram um desempenho melhor que o Bitcoin. Mas, e as mais valiosas do mundo como a Apple, Amazon e Google?

Vamos analisar!

Apple -39% desde o crash do Covid em 2020:

Comparação de resultados entre ações da Apple e o Bitcoin

Amazon -55% desde o crash do covid em 2020:

Valorização das ações da Amazon, comparada ao Bitcoin

Google também -55% desde o crash do Covid em 2020:

Resultado das ações do Google, comparado ao Bitcoin, desde 2020

O que isso tudo nos mostra?

Que no médio e longo prazo o Bitcoin tem performado muito melhor que as melhores ações locais e globais. Além de ter propriedades únicas que nenhuma ação sozinha ou em conjunto proporcionam.

Mesmo comparando em diversos períodos de tempo, o Bitcoin ganha tanto das ações brasileiras como também das globais.

Embora muitos analistas do mercado de ações critiquem o Bitcoin, eles frequentemente recorrem à seleção de momentos específicos de queda para justificar suas críticas, destacando os raros períodos em que elas superaram o desempenho do Bitcoin.

No entanto, ao analisar o todo, torna-se cada vez mais evidente que o Bitcoin tem ganhado das ações de lavada e isso fica cada vez mais evidente a cada ciclo.

Bitcoin é melhor que ações!

Depois de apresentar todos esses dados, ainda há quem possa argumentar que o Bitcoin tem seguido os movimentos das ações.

De fato, isso é visível ao observar os dados a curto e médio prazo.

O Bitcoin ainda acompanha os movimentos macro de ativos de risco, porque o mercado ainda o considera um ativo de risco. A tese do Bitcoin como um ouro digital está crescendo, mas ainda não é vista dessa forma pela maioria dos investidores.

O Bitcoin tem acompanhado os movimentos de curto e médio prazo do mercado de ações, mas tele tem uma assimetria muito maior. Isso fica evidente na imagem abaixo, onde podemos ver que o Bitcoin tem apresentado um desempenho muito superior ao das ações a longo prazo.

Gráfico comparativo entre o Bitcoin e Ações Americanas

Quando o Bitcoin sobe, ele sobe muito mais do que as ações. Quando ele cai, há cada vez mais investidores dispostos a comprar e não o deixam retornar aos mesmos patamares do passado. Ao contrário das ações, cujas quedas acentuadas podem representar a falência da empresa.

Isso não significa que você não possa ter ações, nem mesmo que deva vender as que possui. Você pode montar sua carteira da forma que melhor entender, de acordo com a estratégia e filosofia que você acredita.

Nós apresentamos aqui os motivos que nos fazem confiar muito mais no Bitcoin do que em qualquer ação ou conjunto de ações, porque estas estão correlacionadas com moedas que são como cubos de gelo mutáveis.

Assim, se houver mudanças na administração ou na regulamentação da empresa, toda a sua análise pode mudar. Isso quando a análise está apoiada em fatos reais e não em dados manipulados como aconteceu no caso das Americanas.

Por outro lado, como vimos ao longo do artigo, o Bitcoin é imutável, ninguém o administra, não é uma empresa e não depende da regulamentação de nenhum país. É por tudo isso que o Bitcoin vem se valorizando, superando inclusive todas as bolsas de valores, moedas, metais e qualquer classe de ativos do mundo tradicional nos últimos 10 anos.

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Kaká Furlan

Kaká é publicitária, apaixonada por tecnologia e mão na massa full time. Já participou das principais conferências de bitcoin como Adopting, Surfin Bitcoin e Bitcoin Conference.

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